AMAZÔNIA

AMAZÔNIA
GENTE DA MESMA FLORESTA

domingo, 18 de março de 2018


                                                           O COMEÇO


A frase “Eu não vejo graça em outras coisas como vejo em cantar”, pronunciada por Elis Regina no auge de sua carreira, exprime bem o jeito de ser desse ícone da musica amapaense. Primogênito de uma família de 06 irmãos, Zé Miguel optou pela carreira musical desde muito cedo.
- Eu comecei a cantar na Igreja Evangélica. Freqüentava os cultos dominicais e soltava a voz cantando hinos de louvores a Deus – conta o cantor.
A voz bem afinada encantava os fieis e, em pouco tempo, o pequeno artista era um dos preferidos para subir ao púlpito da igreja.
O tempo passou e Zé Miguel cresceu buscando realizar o sonho de se tornar um grande guitarrista e acabou por participar de varias bandas de baile onde se desenvolveu bastante no instrumento que sempre sonhara “a guitarra elétrica”. Paralelo a isso, começou a exercitar o hábito de compor suas próprias canções, inicialmente com a intenção de participar dos festivais da época, depois tomou gosto pela coisa e seguiu adiante.



A ESTRADA


A partir daí Zé Miguel começou a colecionar vitórias, gravou seu primeiro disco, ainda na era do vinil, em 1991, intitulado Vida boa, em 1996 lançou Planeta Amapari, Junto com os compositores Val Milhomem e Joãozinho Gomes, 1998 lançou Lume, O segundo da carreira solo, 1999 gravou o Dança das Senzalas, com o Quarteto Senzalas, do qual fez parte por um período de aproximadamente quatro anos, em 2000, lançou na Alemanha e na França ainda com o quarteto a coletânea que acabou por se chamar também Planeta Amapari, no mesmo ano, algumas de suas obras fizeram parte da coletânea Brasil 500 anos de Groove, também lançada simultaneamente na Alemanha e na França, ambas pela gravadora Alemã Ganzer Hanker GMBO. Em 2002 lançou o Cd Zé Miguel acústico, do qual fazem parte as músicas Pérola azulada e Vida boa, os dois maiores sucessos de toda a sua carreira, em 2004 lançou o CD Quatro ponto zero e em 2005, motivado pela dolorosa perda de seu amado Filho Marco Kayke, vítima de violento acidente de trânsito, lançou o Cd Uma balada para Kayke. Zé Miguel também participa dos CDs Movimento Costa Norte, lançado em 1994 e Cancioneiros do Meio do Mundo, lançado em 2006, seu primeiro DVD intitulado MEU ENDEREÇO, foi lançado em Macapá em janeiro de 2008 e levou o artista a uma seqüência de shows realizados em Abril e Maio em todo o território Amazônico.
Neste mesmo ano, ainda no primeiro semestre foi lançado o DVD GENTE DA MESMA FLORESTA, gravado em São Paulo no ano de 2006 no espaço Itaú Cultural. Este DVD reúne algumas das maiores expressões musicais da Amazônia uma experiência que veio para  consolidar um mercado no território Nacional que dê visibilidade a sua vasta produção, vale a pena conferir.
Entre 2006 e 2003 o artista lançou a coletânea de obras intitulada ZÉ MIGUEL COLEÇÃO e em seguida lançou um CD de registro de novas composições, por serem gravações caseiras. Chamou-se ZÉ MIGUEL FEITO EM CASA, em 2013 lançou  O CD AMAZÕNIA NA VEIA, que traz participação de importantes cantores e compositores da Amazônia como, Eliakin Rufino de Roraima, Célio Cruz do Amazonas, Zezinho Maranhão e Binho de Rondônia.  O CD foi lançado em outubro de 2013 com um grande show em Macapá.
O Amazônia na veia foi também o start para a criação do Projeto Conexão Amazônia, projeto de intercâmbio entre artistas da Amazônia que teve a primeira de suas cinco edições já realizadas em 2015, com participação do Cantor e compositor Nilson Chaves do Pará, a edição mais recente aconteceu no dia 03 de fevereiro em Manaus, onde Zé Miguel foi o convidado da Cantora Karine Aguiar, que esteve participando da quarta edição do projeto em Macapá em 2017.
Em 2017, a convite da Prefeita do Município de Pedra Branca do Amapari, gravou um importante vídeo clip da música pérola azulada, que teve como ponto forte a participação dos índios da etnia Wajãpi. Esse trabalho teve grande destaque na mídia e abriu portas para a gravação de série de outros vídeos, entre eles, o clipe da música A ponte, parceria de Zé Miguel e a cantora Guianense Roseline Jersier, atualmente em fase de edição, com lançamento previsto para abril de 2018.









PARCERIAS

Val Milhomem, e Joãozinho Gomes AP - PA

No inebriante afã de conceber canções, nossas almas se misturam e deságuam feito rios de amor e magia para um futuro que ainda não sabemos, contudo, o ato de parir poesia é refugio, nesse ato, somos uno mesmo quando somos mil.

Osmar Junior AP

As vezes não chegamos a compor juntos, parceria é dividir e multiplicar, as vezes só dividimos o palco em algum show, mas os parceiros deixam marcas que se perpetuam em nossas historias comuns, marcas que sempre acrescentam algo mais de bom.

Salomão Habib
Salomão, músico magnífico e grande amigo.

Amadeu Cavalcante
Parceria duradoura e boa como a foto, ou melhor, “retrato”.

Zé e Nilson Chaves

O Nilson traz consigo o cheiro do Pará, cheiro cheio de terra e de gente, gente como Pedrinho Calado, Marco Monteiro, Lucinha Bastos, Marco Campelo, Dudu Neves Pedrinho Cavalero, e Tantos outros grandes Músicos, grandes amigos e grandes parceiros.



Marco Antonio Franco
Mais um franco coração de poeta Paraense, esse além de parceiro virou irmão, o que me leva a pensar... A parceria acaba mesmo nos tornando meio parentes.
Somos sempre muitos, nessas páginas com certeza não caberiam todos, afinal, nesse nosso universo, a promiscuidade é absolutamente permitida, quanto mais parceiros tenho mais feliz e mais completo sou.
Aqui no Amapá ainda tenho Fernando Canto, determinando o nosso endereço, no Estado do Amazonas tenho Célio Cruz, Zote e Antonio Pereira, no Estado de Roraima tenho Eliakin Rufino, Zeca Preto, Neuber Uchoa e Halisson Christian e Junior Cassari, no Estado do Acre tenho Graça Gomes , Paulo Arantes e Sergio Souto, Maracimone e Élson Martins, no Estado de Rondônia tenho Bado  e Wania Beatriz, no Tocantins tenho Marcos Ruas.
Cada parceiro representa um porto seguro em seu torrão, uma porta aberta para o livre caminho da música e da poesia, cada um canta sua gente e sua paisagem, e todos juntos cantamos a Amazônia, cuidando para não passarmos despercebidos na trajetória da historia deste imenso Brasil.

RECONHECIMENTO


“Todo artista tem de ir aonde o povo está”
A frase do compositor popular revela uma realidade historicamente imutável, contudo, quando esse caminho se inverte, provoca no artista uma agradável sensação, a de ter certeza de não ser apenas uma voz clamando no deserto.
Ao longo de sua trajetória, Zé Miguel foi por duas vezes tema de Enredo do Carnaval macapaense, a primeira foi em 1999, na companhia dos parceiros Joãozinho e Val Milhomem. A homenagem veio através da Escola de Samba Piratas da Batucadas, que desfilou com o tema, “Uma viagem fantástica ao imaginário planeta amapari  Cd lançado  em 1996.
A segunda foi em 2003, pela Escola Jardim felicidade, que desfilou com o tema “Zé Miguel, a vida boa no lumear da perola azulada”
Foram dois momentos mágicos -  comenta o artista -  ver  todas aquelas pessoas nas arquibancadas da avenida do samba em Macapá, aplaudindo e gritando o nome da gente é algo pra não se esquecer nunca mais”

No Estado do Amapá o artista é, reconhecidamente, um dos mais lembrados e amados pela população. Prova disso está nos vários prêmios que recebeu, alguns fundamentados em pesquisa popular.

Prêmio Nossa gente - Troféu Julio Pereira 2005 e 2006
Categoria melhor e mais lembrado cantor

Prêmio UECSA – 2002 e 2005
Categoria de cantor mais lembrado pela classe estudantil

Prêmio Destaque Cultural  -  2002
Conferido pela Comunidade Quilombola Mel da Pedreira

Prêmio Sated – 2003 e 2005
Melhores do ano na opinião dos artistas amapa


SEMINARIOS E PROJETOS

Zé é também um artista que vê no coletivo as soluções para o desenvolvimento da produção e da cadeia produtiva da cultura, por isso é participante ativo das atividades pro desenvolvimento artístico cultural.
2003 – Participou ativamente do seminário de cultura da Amazônia em Belém do Pará.
2004 – Participou ativamente, inclusive da organização do primeiro Fórum de Cultura do estado do Amapá
2005 _ Participou da expedição do Navegar Amazônia, “ponto de cultura flutuante do MINC” ao interior do Pará, desenvolvendo oficinas no campo de reconhecimento das afinidades culturais entre povos afro descendentes, ribeirinhos
2006 _ Participou das gravações do DVD “Gente da mesma floresta” com vários artistas da Amazônia, no instituto Itaú Cultural em São Paulo
2007 _ Participou da Feira de música de Fortaleza
2007 _ Participou do projeto Acorde brasileiro, promovido pelo SESC do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, no período de 28 de Novembro a 01 de dezembro – Projeto que reúne a música de todas as regiões do país e debate os mecanismos de produção e divulgação dessa música, bem como os eu acesso ao mercado e a mídia.
De Janeiro de 2011 a abril de 2013, comandou a Secretaria de Cultura do Estado do Amapá, entre as varias ações, se destacam: a introdução da política de Editais, a participação decisiva do Amapá no Fórum Nacional de Secretários de Cultura, produzindo resultados importantes como o Edital de cultura da Amazônia lançado recentemente com recursos colocados pela Vale do Rio Doce, objetivando corrigir parte das distorções do processo  de distribuição dos recurso Federais para apoio a produção cultural em todo o País, mas deixando os Estados mais pobres e mais distantes como os da região Norte viverem de migalhas, enquanto as regiões Sul e Sudeste levam a quase totalidade dos recursos.

SEJAM BEM VINDOS(AS) AO MEU"CANTO"

"Sejam bem vindos todos e todas que se importam com os outros, que se inquietam e manifestam suas inquietações, todos e todas que acharem que podem fazer a diferença... Quem sabe fazendo diferente... Todos e todas capazes de se emocionar com uma canção... Com a sutileza da beleza de uma flor... Todos e todas que acreditam na força verdadeira do amor"