AMOR E JUSTIÇA – Zé Miguel – Macapá – 02/11/2018
Tendo em vista os
relacionamentos sociais, penso que não precisamos ser bons para com as outras
pessoas, precisamos ser justos, porque a própria Bíblia sagrada, livro de
referência da maioria dos humanos, nos orienta no sentido de amarmos aos outros
como amamos a nós mesmos. Neste sentido, precisamos compreender que a atitude
de justiça se reveste de elementos que são primordiais para a convivência harmônica,
não querer para os outros aquilo que não se quer para si, e, ao mesmo tempo,
desejar aos outros tudo aquilo que que desejarmos para nós mesmos.
Por outro lado, não consigo
conceber justiça desprovida de bondade, mesmo que a princípio o bem que a
verdadeira justiça promove não seja percebido, no devido tempo se manifestará. As
atitudes de justiça são baseadas sobretudo em respeito, por isso mesmo, podem
ser eminentemente enérgicas, em circunstâncias em cujas quais a motivação possa
ser reparadora de atos cometidos contra outros seres humanos.
O ato de amar no que
concerne à justiça, reveste-se de equilíbrio, devemos amar e ser amados, não
que isso se estabeleça como premissa de permuta, e sim, como mecanismo de
equidade. Devemos pensar o mundo a nossa volta como sendo o espaço onde todos
são merecedores das mesmas oportunidades. Devemos olhar os outros como se
fossem o nosso reflexo no espelho. Lá,
veremos virtudes e defeitos, provavelmente a imagem não será perfeita, mas haverá
lugar para um carinho especial. Quando olhamos para nós mesmos, podemos não nos
considerar como pedras preciosas, mas veremos sempre as possibilidades lapidadoras
que nos transformarão nelas.
Destarte, resta a
compreensão de que ser justo é ser generoso, mas sem correr o risco de humilhar
aos outros com nossas atitudes, mesmo que realizadas com a melhor das
intenções. Devemos ser altruístas e não esperar retorno ao fazer o bem, a não
ser, que de fato o bem resplandeça ao nosso redor. A generosidade praticada com
expectativa de retorno não é generosidade, é investimento. A Bíblia sagrada nos
orienta no sentido de que “Não saiba a nossa mão esquerda o que faz a direita”
quando ajudamos à alguém. Amar e ser justo, ou amar com justiça, implica em ser
parte de um todo maior, onde todos são iguais, mesmo sendo diferentes, somos
uno, cada um com suas particularidades e somos iguais exatamente por isso. Assim
sendo, que seja justa toda atitude de amar, que seja amável toda atitude de
justiça.
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